A arte metafísica (em italiano: Pittura Metafisica), é a designação de um estilo de pintura que se desenvolveu, principalmente, entre 1911 e 1920, pelos dois artistas italianos Giorgio de Chirico (1888-1978) e Carlo Carrà (1881-1966) e, mais tarde, por Giorgio Morandi (1890-1964). O termo surgiu durante a estada de Chirico e Carrà no hospital em 1917, e o nome advém da criação de uma natureza visionária do mundo para além da realidade das coisas.
Este estilo caracteriza-se pela utilização de imagens que conduzem a um ambiente misterioso, enigmático, sonhador, com iluminação irreal e perspectivas impossíveis, e iconografia simbólica estranha; as imagens representam objetos e entidades reais, mas transmitem-na de forma incongruente e inquietante. A estrutura arquitetônica lembra a imobilidade da arte do Renascimento do século XVI. A pintura metafísica vai buscar influências ao movimento simbolista, e influência ela própria o surrealismo na década de 1920, nomeadamente nas obras de Salvador Dalí e
René Magritte.
Em síntese é uma pintura deve criar uma impressão de mistério, através de associações pouco comuns de objetos totalmente imprevistos, em arcadas e arquiteturas puras, idealizadas, muitas vezes com a inclusão de estátuas, manequins, frutas, legumes, numa transfiguração toda especial, em curiosas perspectivas divergentes. A pintura metafísica explora os efeitos de luzes misteriosas, sombras sedutoras e cores ricas e profundas, de plástica despojada e escultural. Tem inspiração na Metafísica, ciência que estuda tudo quanto se manifesta de maneira sobrenatural.
Destacamos os artistas:
Giorgio de Chirico (1888-1978), pintor italiano, nascido na Grécia, principal representante da pintura metafísica, Giorgio De Chirico constitui um caso singular: poucas vezes um artista alcançou tão rapidamente a fama para em seguida renegar o estilo que o celebrizara e cair em um esquecimento quase absoluto. As suas obras retratam cenários arquitetônicos, solitários, irreais e enigmáticos, onde colocava objetos heterogêneos para revelar um mundo onírico e subconsciente, perpassado de inquietações metafísicas. Também usada nas suas obras manequins, nus ou vestidos à moda clássica, enigmáticos e sem rosto, que pareciam simbolizar a estranheza do ser humano diante do seu meio ambiente.
Giorgio Morandi (1890-1964), pintor italiano. Notável por suas naturezas-mortas, em que buscava a unidade das coisas do universo. Conferiu imobilidade e transparência de formas, recorte intimista e atmosfera de luz cinza-clara às naturezas-mortas que pintou usando como modelos frascos, garrafas, caixas e lâmpadas velhas.
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