Classe Operária (Moonlighting). Direção de Jerzy Skolimowski, 1982, Inglaterra, 97min.
Quatro trabalhadores poloneses chegam a Londres para trabalhar clandestinamente na reforma da casa do chefe que mora em Varsóvia e lhes paga uma ninharia, mas muito mais do que ganhariam em seu país. Bonita e cruel alegoria sobre o operariado, forçado pela miséria a procurar outro lugar para trabalhar e explorado onde quer que vá. O diretor e roteirista polonês emigrado, mostra no filme o caos político e social da Polônia de 1982.
Complô contra a Liberdade (To Kill a Priest). Direção de Agnieszka Holland, 1988, Estados Unidos da América/França, 116 min.
Com a ascensão do sindicato Solidariedade, padre polonês torna-se símbolo da luta pelos direitos humanos. Seu prestígio irrita o governo e, em especial, um oficial da polícia secreta que planeja eliminá-lo. Baseado na vida do padre Jerzy Popieluszko.
Dramática Travessia (Night Crossing). Direção de Delbert Mann, 1981, Inglaterra, 108 min.
Duas famílias da Alemanha Oriental planejam passar para o outro lado ocidental através de um balão, envolvendo-se em situações carregadas de surpresas e horror. Aventura na época em que o Muro de Berlim ainda significava a divisão das Alemanhas, com história baseada em fatos ocorridos em 1979.
Julgamento em Berlim (Judgment in Berlim/Escape to Freedom). Direção de Leo Penn, 1988, Estados Unidos da América, 92 min.
Para fugir do regime comunista, homem que viajava acompanhado de uma mulher obriga avião polonês, com destino a Berlim Oriental, a pousar em base norte-americana. O fato origina um polêmico julgamento durante o qual um juiz vindo dos EUA sofre pressões políticas.
Os gritos do silêncio (The Killing Fields). Direção de Roland Joffé, 1984, Inglaterra, 141min.
A amizade entre um jornalista americano e seu fotógrafo cambojano que é preso num campo de concentração (comunista) durante a guerra. Baseado em fatos reais da guerra do Camboja, vividos em 1973 pelo repórter Sidney Schanberg do The New York Times, e também pelo intérprete Ngor, médico que sofreu os mesmos dramas do seu personagem.
Sombras da China (Shadow da China). Direção de Mitsuo Yanagimachi, 1990, Estados Unidos da América/Japão/Hong Kong, 102 min.
Em 1976, jovem comunista chinês, insatisfeito como os novos rumos políticos de seu país, foge para Hong Kong. Sua namorada o segue semanas depois, mas eles só voltam a se encontrar após treze anos: ela é uma cantora de cabaré e ele um poderoso e rico empresário.
Tempos de Viver (Huozhe). Direção de Zhang Yimou, 1983, China, 129 min.
Saga familiar chinesa, que cobre o período dos anos 40 aos 70, da história de uma casal que enfrenta todo o tipo de problemas, desde a guerra até a Revolução Cultural de Mao.
Descolonização e lutas de libertação nacional
A Marca do Gavião (The Mark of the Hank). Direção de Michael Audley, 1958, Inglaterra, 83 min.
Jovem político africano educado na Inglaterra, enfrenta vários obstáculos para emancipação de seu povo. O pior dos problemas é seu irmão, líder revolucionário que quer a independência por meio da luta armada.
Batalha de Argel (La Bataglia di Algeri). Direção de Gillo Pontecorvo, 1965, Itália/Argélia, 135 min.
Em 1954, na Argélia, ex-presidiário se associa a uma organização nacionalista que combate o domínio francês. Reconstituição, em forma de documentário, da luta dos argelinos pela sua independência da França, mostrando os anos cruciais da rebelião.
Diên Bien Phú (Diên Bien Phú). Direção de Pierre Schoendoerffer, 1992, França, 140 min.
Em 1954, jornalista americano, há dez anos residente em Hanói, investiga os fatos que levariam ao término da guerra entre a França e a então Indochina (atual Vietnã). O próprio diretor, Schoendoerffer, que foi cinegrafista do exército francês na Indochina, chegou a ser preso pelos vietcongs comandados por Ho Chi Minh.
Havana (Havana). Direção de Milos Forman, 1979, Estados Unidos da América, 121 min.
Na Cuba de 1958, pouco antes da vitória de Fidel Castro sobre Fulgêncio Batista, americano jogador de cartas apaixona-se pela mulher de um líder rebelde.
Gandhi (Gandhi). Direção de Richard Attenborugh, 1982, Inglaterra, 188 min.
A vida e as lutas do líder espiritual e político indiano Mohandas Karamchand Gandhi que liderou seu imenso país na luta para libertar-se do domínio inglês.
Indochina (Indochine). Direção de Régis Wargnier, 1992, França, 154 min.
A partir dos anos 30, durante a ocupação francesa na Indochina, a saga de uma proprietária de seringal e de sua filha adotiva, ambas apaixonadas pelo mesmo homem. Épico que procura conciliar romance e as implicações políticas da colonização francesa na Indochina.
Nascido para Matar (Full Metal Jacket) Direção de Stanley Kubrick, 1987, Estados Unidos da América, 116 min.
Após treinamento insano, grupo de soldados é envidado ao Vietnã, em 1968, passando a enfrentar os horrores da guerra.
O Ano que Viveremos em Perigo (The Year of Living Dangeronsly). Direção de Peter Weir, 1983, Austrália, 115 min.
Em 1965, pouco antes do golpe que tentou derrubou o presidente Sukarno, um inexperiente jornalista australiano chega a Jacarta para cobrir o que parece ser o fim de uma ditadura. Intrigante drama político, o filme é feliz na recriação da atmosfera de turbulência em que viva a Indonésia.
Platoon (Platoon) Direção de Oliver Stone, 1986, Estados Unidos da América, 120 min.
Universitário que combate no Vietnã narra seus traumas, pesadelos e horrores em cartas enviadas à avó distante. Fruto das experiências vividas pelo diretor na guerra, é o próprio inferno revivido por um grupo de mariners que se engaja na loucura e na mais plena violência, tentanto sobreviver.
Um grito de liberdade (Cry Freedom). Direção de Richard Attemborough, 1987, Inglaterra, 157min.
A história real de Steve Biko, jovem líder negro em luta contra o apartheid na África do Sul, vista sob a ótica de um jornalista branco que se conscientiza aos poucos da situação e também é perseguido. Baseado em dois livros de Donald Woods.
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