O Auto da Barca do Inferno (ou Auto da Moralidade) é uma complexa alegoria dramática de
Gil Vicente, representada pela primeira vez em
1531. É a primeira parte da chamada trilogia das Barcas (sendo que a segunda e a terceira são respetivamente o
Auto da Barca do Purgatório e o
Auto da Barca da Glória).
Os especialistas classificam-na como
moralidade, mesmo que muitas vezes se aproxime da
farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade
lisboeta das décadas iniciais do
século XVI, embora alguns dos assuntos que cobre sejam pertinentes na atualidade.
Diz-se "Barca do Inferno", porque quase todos os candidatos às duas barcas em cena – a do
Inferno, com o seu
Diabo, e a da
Glória, com o
Anjo – seguem na primeira. De facto, contudo, ela é muito mais o auto do julgamento das almas.
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